A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DA CONCILIAÇÃO PARA O PEQUENO VAREJO

Uma boa gestão financeira já é tarefa árdua por si só. Exige controle, visão e disciplina. A dificuldade então aumenta quando a parte de conciliação bancária e de cartão é negligenciada. Essa falta de certificação das vendas pode gerar prejuízos enormes ao lojista. Estima-se que 3% das vendas feitas em cartões podem ser perdidas por equívocos e falhas nos sistemas das operadoras, segundo levantamentos de mercado. Só por esse aspecto já dá para ter uma noção de quão importante é realizar essa gestão.

E nos dias atuais, mais do que nunca, é importante conciliar as vendas efetuadas no cartão, seja na modalidade crédito ou débito. Antigamente, o varejista, sobretudo de pequeno porte, tinha uma margem que possibilitava erros. Hoje, isso não é mais permitido e o varejo precisa realizar o controle de forma muito mais atenta. Prova disso são os dados que comprovam o peso das compras feitas com cartão. Só em 2017, essas operações somaram R$ 1,36 trilhão, de acordo com dados da Abecs, associação das empresas de cartões. Isso significa que 32,6% das compras foram feitas por esse meio de pagamento. Com esses números, é visível que a gestão de hoje não pode ser mais como era há 10 anos.

Entre alguns dos motivos para uma boa gestão na conciliação de vendas feitas por cartão estão a possibilidade de localizar possíveis fraudes em operações efetuadas ou cobranças duplicadas. Os processos de captura, autorização, provisionamento e liquidação financeira dos recebíveis de cartões são complexos e contam com a integração de diferentes tecnologias, que envolvem adquirentes, bandeiras, emissores e bancos. Ou seja, um ecossistema extremamente profundo.

Mas muitos varejistas ainda negligenciam a conciliação bancária e das vendas por cartão na gestão financeira da loja. Muitos não entendem a importância e não têm a noção que perdem dinheiro por não identificar as falhas. Isso acontece, sobretudo, por desconhecimento com as novas ferramentas que existem hoje.


Além disso, ter a visibilidade com a gestão do recebível impacta diretamente sobre o controle financeiro como um todo. Visualizar sobre o fluxo de recebimentos futuros permite adequar e atender necessidades pontuais de caixa e ainda ter em mãos informações confiáveis parar auxiliar na tomada de decisão. E isso são algumas das principais ferramentas das quais todo administrador deve ter à sua disposição.

Outro aspecto importante dessa questão diz respeito às fraudes. Atualmente ninguém está imune a essas ocorrências, sejam elas internas ou externas. Se no comércio eletrônico é importante se proteger contra o uso indevido de cartão, que resulta em prejuízo dobrado – perda do produto e ainda débito por chargeback-, no varejo, as fraudes podem acontecer por causa de operadores e vendedores mal-intencionados, que simulam vendas para depois cancelá-las ou mesmo registram compras que nunca aconteceram.

Sobre esse último aspecto, a atenção deve ser redobrada. Segundo já informou o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 29% dos comerciantes e prestadores de serviços já enfrentaram algum tipo de problema ao realizarem vendas nos cartões de crédito e débito, vale alimentação ou por meio de pagamentos online. Por isso, o cuidado deve ser, especialmente, maior nesse quesito.

Por esses motivos, é importante que o varejista, principalmente o de menor porte, tenha a consciência que a realização da conciliação das vendas por cartão não significa apenas uma melhor gestão da operação, mas um ganho de produtividade que irá resultar em ganhos financeiros. E isso deve ser feito com as ferramentas adequadas. Ao implantar controles e processos, o lojista pode reduzir em até 70% o tempo gasto para conciliar as vendas com cartões. Isso sem contar os benefícios de ter informações confiáveis e em tempo real dos recebíveis de cartões.

*Henrique Carbonell é sócio-fundador da Finanças 360º, empresa especializada em sistema de gestão financeira com conciliação automática de vendas por cartão para o pequeno e médio varejo. www.financas360.com.br

Por Dino access_time , Fonte: abril.com.br

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